"Sem dúvida, uma manifestação espontânea da criança vale mais que todos os interrogatórios. " Jean Piaget

Jakeline Andrade

Reflexões, sites e dicas sobre profissão docente e educação.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sobre o dia do Professor

Em homenagem ao dia do professor, uma historinha de sala de aula.
Plagiada, é verdade, mas vale a pena ler e refletir. Faz parte da nossa profissão.

"Era uma vez um menino bem pequenino que foi para a escola pela primeira vez. A escola era bem grande e isso deixava-o um pouco inseguro. Uma manhã a sua professora disse: - Hoje vamos fazer um desenho. O menino gostava muito de desenhar e podia fazer todo o tipo de desenhos, leões, tigres, galinhas e vacas, comboios e barcos. Pegou então na sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse: - Esperem! Não comecem ainda. E o menino esperou até que todos estivessem preparados. - Agora, disse a professora, vamos desenhar flores. Que bom, pensou o menino, pois gostava muito de desenhar flores, com o lápis vermelho, laranja e azul. Mas a professora disse: - Esperem. Vou mostrar-vos como se faz, e desenhou uma flor no quadro. Era uma flor vermelha com caule verde. - Agora sim, disse a professora, podem começar. O menino olhou para a flor da professora e para a sua. Para ele a sua era mais bonita do que a da professora. No entanto não disse nada, simplesmente guardou o seu papel e fez uma flor como a da professora: vermelha com caule verde. No outro dia a professora disse: - Hoje vamos trabalhar com plasticina. Que bom, pensou o menino, pois podia fazer todo o tipo de coisas com a plasticina: serpentes, bonecos de neve, elefantes, carros e camiões. Começou a apertar e a amassar a bola de plasticina. Mas a professora disse: - Esperem não está na hora de começar! E ele esperou até que todos estivessem preparados. – Agora, disse a professora, vamos fazer serpentes. Que bom pensou o menino, pois gostava muito de fazer serpentes e começou a fazer serpentes de diferentes tamanhos e formas. Mas a professora disse: - Esperem, vou mostrar-vos como se faz uma serpente bem larga. Agora podem começar. O menino olhou para a serpente da professora e para a sua e ele gostava mais da sua, no entanto não disse nada, simplesmente amassou a plasticina numa grande bola, e fez uma grande serpente como a da professora. Assim o menino aprendeu a esperar, a observar e a fazer as coisas como a sua professora. Sucedeu que o menino e a sua família tiveram que se mudar para outra cidade, e o menino teve que frequentar outra escola. Essa escola era muito maior que a primeira. Justamente no primeiro dia em que foi à escola a professora disse: - Hoje vamos fazer um desenho. Que bom, pensou o menino, e esperou que a professora desse as instruções. Mas ela não disse nada, apenas circulava pela sala. Quando se aproximou do menino disse: - Então não queres desenhar? - Sim, disse o menino, – mas o que vamos fazer? – Não sei, disse a professora, basta que faças um desenho. - E como o farei? Perguntou o menino. - Da maneira que quiseres, disse a professora. - De qualquer cor? Perguntou ele. - De qualquer cor, disse a professora, se todos usassem as mesmas cores e fizessem os mesmos desenhos não teria muito interesse. - Eu não sei, disse o menino, e começou a fazer uma flor vermelha de caule verde".
(autor desconhecido)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Educação ontem e hoje!

Parece piada, mas não deixa de ser um retrato da educação em nossos dias.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Óia o auê aí, ó!!!

Não pude deixar de visualizar essa frase como resultado do ano letivo de minha filha de quatro anos na escola.
Como mãe, eu deveria estar orgulhosa de suas conquistas na escola. Afinal, se esse era o objetivo, ela cumpriu direitinho e aprendeu a escrever em letra cursiva as vogais. Isso depois de uma sucessão de exercícios repetitivos das letras acompanhadas de figuras. Ora se cobria, ora se escrevia como o modelo...

Alguma semelhança com seus tempos de escola?

Como professora, eu vejo a estagnação do ensino. Há mais de cem anos temos notícias de uma revolução nos modos de ensinar que relembram os princípios da Escola Nova e está presente em boa parte das teorias do desenvolvimento e aprendizagem infantil: a criança age sobre seu mundo, amplia seu conhecimento e se desenvolve a partir desta mesma interação.

Parece óbvio, mas depois de tantas voltas na educação, tantas teorias, receitas e metodologias da moda, não houve uma mínima mudança na forma como a escola se porta diante da aprendizagem, desconsiderando totalmente o que o aluno traz consigo antes de entrar nos muros escolares.

Que a criança já escreve seu nome em letra bastão, que conhece outras letras além das vogais, que sabe para quê servem as letras ou as reconhecem em seu ambiente, integrando-as e significando-as em seu cotidiano; nada disso é levado em consideração, porque a escola já decidiu de antemão que, durante todo um ano da vida dessa criança, ela irá aprender a escrever e reconhecer as vogais. E disso a escola não abre mão!

Longe de aprender a ler e ampliar sua visão de mundo, a criança é levada pela escola a uma viagem fora da sua realidade, como se existisse um mundo à parte em que os conteúdos da escola fazem sentido. E se isso fosse verdade, minha filha sairia da escola este ano e se depararia com um mundo onde os livros, revistas, jornais, outdoors, anúncios e toda variedade de material escrito se resumiria às vogais.

Lembra do “Ivo viu (que) a uva”? Ele cresceu e hoje é o célebre autor da famosa frase: Óia o auê aí, ó!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Einstein no Brasil: um bom programa para os professores.

Acontece em São Paulo de 24 de setembro a 14 de dezembro uma Exposição sobre a vida e a obra do maior cientista do século XX: Einstein.

Trata-se de um evento imperdível para professores, cientistas, estudantes e curiosos em geral. Além de uma figura fascinante, Einstein mudou os rumos da física e atingiu status de celebridade mundial - o que é raro para um cientista. Mais do que 15 minutos de fama, Einstein escreveu seu nome na história e é conhecido em qualquer parte deste planeta. Tornou-se simplesmente um símbolo de inteligência.
Por isso, e por muito mais, essa mostra é mesmo imperdível!!!

E, claro, se você não está em São Paulo, vale a pena conferir o site da exposição que, além das informações sobre ingressos e horários, traz um rico material para os professores (é só abrir os arquivos em pdf, fica na seção Programa Educativo).

Um bom detatlhe: professores pagam meia entrada e podem também agendar visitas guiadas para suas turmas.

Confiram!!!!
http://www.einsteinbrasil.com.br/einstein/

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Escolas na França

Estive passeando em Paris-FR recentemente e, claro, procurei vestígios do sistema educacional da cidade. Encontrei algumas escolas de educação infantil e, olhando de fora, pareciam pequenas e aconchegantes. Um detalhe: poucas crianças na sala e um bom número de profissionais por crianças. Vi também muitos grupos de escolas pela cidade, fazendo atividades ao ar livre, como este grupo em frente à Igreja Sacre-Creur:

Diferentemente das aulas-passeio comuns em nossas escolas, os grupos não estavam com ônibus fretado ou escolar, as professoras simplesmente estavam nas ruas com os alunos, andando ou pegando transporte público com as crianças... Uma aprendizagem do cotidiano que não se resume à sala de aula.

Até mais.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Bienal do Livro em São Paulo (palmas e vaias)

Esta semana fiquei super empolgada para participar da Bienal do Livro em São Paulo. Adoro feira de livro. Acho que é um espaço muito importante para divulgação, cultuar o hábito da leitura e, claro, procurar celebridades da literatura nacional. Sem contar a caminhada pelas galerias das editoras e livrarias, procurando raridades, novidades e promoções. Acho que todo mundo deveria dar uma volta pela feira, nem que seja para dar umas folheadas sem levar nada. O clima de uma feira de livro nos inspira a ler e isso já é suficiente.

Para minha enorme surpresa, descobri que são cobrados ingressos no valor de R$ 10,00 para entrar na Bienal.

Pasmem!!! Vivemos em um país onde se reclama constantemente da falta de cultura letrada. Mas nosso povo não lê porque não pode ou porque não sabe. Quando se derruba a barreira do analfabetismo, se depara com a barreira do baixo poder aquisitivo. Se já não bastasse o alto custo dos livros, paga-se para ver.

O mérito da Bienal é reunir em um só espaço os livros, os livreiros, os autores e os leitores.
A vergonha da Bienal é definir de antemão quem são os seus leitores: quem tiver e puder investir pelo menos dez reais para participar dessa "festa" vip.


http://www.bienaldolivrosp.com.br

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Divulgação científica a "La" youtube

Acabei de encontrar um projeto de divulgação científica da UNESP onde os próprios pesquisadores falam dos seus trabalhos. Não é um “youtube”, mas estou torcendo para que alcance o mesmo sucesso.

Pensar em relatos de pesquisa e de ciência em geral sendo acessados com interesse por milhões de “telespectadores” é uma idéia que me agrada.
Num país onde os maiores índices de audiência se concentram em novelas ou programas de amenidades, não é pecado sonhar com algo mais...

Vale à pena dar uma conferida e aguardar trabalhos cada vez mais interessantes:
http://www.faac.unesp.br/pesquisa/lecotec/projetos/toque/index.php


Nos encontramos por lá.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Falando de avaliação nas escolas




O professor pede para responder com suas palavras, a criança responde, mas não está correto. O que faltou? Explicar com as palavras do professor?

Então, para quê avaliar?

Se o sentido é só dar nota, basta elaborar provas com gabaritos fechados e conferir as respostas. Só há duas opções: certo ou errado. Não há meio termo, assim como não há avaliação. Há apenas a cobrança. O professor cobra do aluno exatamente o que depositou em sala. Não há avanços e, possivelmente, não há como dizer se há aprendizagem.

Mas se falamos em avaliação de aprendizagem, a prova será apenas um dos recursos de que se vale o professor para acompanhar o processo de apendizagem do seu aluno. Trata-se de uma das situações em que o aluno expressa sua compreensão dos conceitos estudados em sala. E indica tão somente um instrumento do qual o professor acessa essa informação e a utiliza como ponto de partida para novas aprendizagens. Não se trata de cobrança, mas um reflexo da própria atividade escolar.

Vale lembrar: avaliação é um instrumento e não um fim em si mesmo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Atualizações sobre o mundo acadêmico

Uma boa forma de ficar por dentro do que acontece no mundo da ciência é assinar boletins das agências de fomento ou de sociedades científicas. Duas sugestões:
http://www.agencia.fapesp.br/assine.htm
http://www.jornaldaciencia.org.br/cadastro.jsp

Você recebe diariamente notícias interessantes sobre pesquisa, pós-graduação e ciência no país.
Além das notícias, tem eventos e oportunidades de pesquisa e de concursos docentes.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Para começar...

Por pura curiosidade iniciei este blog. Assim que aprender a usar essa ferramenta, procurarei dar uma finalidade mais útil a este espaço.
Até lá, sejam bem-vindos!!!